sábado, agosto 26, 2006

Devocionais para Janeiro

01 DE JANEIRO
UMA ALMA SEDENTA PELA VERDADE
Num dia desses, estava eu a divagar ante a magnitude e a grandiosidade do universo. Feito um grão de areia, estava eu ao relento da praia da imensidão que a tudo preenchia e transcendia. Na minha insignificância e nos meus poucos argumentos mentais, estava eu tentando tatear Deus, não através dos meus prévios conhecimentos e julgamentos de como e quem Ele supostamente seria. Queria saber, no secreto da minha alma, que é de fato Deus! Ansiosamente esperava uma iluminação vinda do próprio céu, do próprio Deus. Uma resposta, uma experiência direta e objetiva que alimentasse a minha alma de provisão, entendimento espiritual que manteria minha existência como sendo necessária e com propósitos. Cansando que estava das maléficas insinuações mundanas sobre um Deus ausente e inativo, estava eu disposto em conhecer um Deus que é o mesmo ontem, hoje e eternamente, atuante. Estava disposto em conhecer seus multiformes secretos desígnios sobre a funcionalidade do universo. A razão de eu ser e estar ali a contemplar e esperar resposta de tão elevado grau de profundidade de entendimento. Mesmo estando eu ali, disposto em levar todo pensamento cativo a Cristo, as loucas vozes, mundanas, embebidas de vaidades insistiam em tentar me prender na ilusão da pressa e na razão do finito! A tempo descobri que, embora, pudesse utilizar todos métodos supostamente possíveis para alcançar tal grau de experiência e que ali estavam a minha disposição, a verdadeira forma de se conhecer o Deus transcendente e imanente é conhecê-lo na sua semelhança de natureza. Na natureza espiritual. Conhecê-lo em Espírito e em verdade. Permitir que Ele testificasse a meu espírito, revelando assim a sua verdade. Assim, aos poucos compreendendo mais o Deus eterno, contemplava-o com o rosto cada vez mais descoberto, com os véus sendo retirados aos poucos do coração, fui adentrado cada vez mais ao tabernáculo universal e ilimitado, o qual é preenchido por toda presença de Deus.

02 DE JANEIRO
A VERDADE SENDO REVELADA
Ali, caminhando cada vez mais através do véu rasgado, fui encontrando o que minha alma carente tanto ansiava, vida, provisão, eternidade. A verdade ali revelada, o Jesus que ali conhecia mais intensamente mediante o Espírito, foi me confirmado, lentamente, a verdade que eu posso ter a mente de Cristo, a sua mente. Sendo assim, a vida de Cristo, na sua urgência em ver suprida as necessidades da ceara, que já esta pronta, me levou ao pico da extrema tristeza, em ver o quão pouco tenho feito pelo tabernáculo, pelo mundo provisório, que, até a volta de meu senhor bendito ainda há de permanecer, para depois disto, então, surgir à nova cidade celeste, a Nova Jerusalém! A tristeza e o pranto do Senhor Jesus, os mesmos, ao ver Jerusalém manchada de pecados e religiosidades aparentes, ali, me consumia. Faziam-me notar a cidade atual, o mundo, ao qual um dia adentrou Jesus para salvar, está saturado com as mais complexas e variadas formas de expressar sua rebeldia, contra o Senhor, nos mais grotescos e vis pecados. As lagrimas provindas de um coração que entendia o coração de Cristo, sentia a urgente necessidade de expressar o amor pragmático. Desprovido de orgulhos e hipocrisias. O amor funcional, aquele mesmo praticado pelo meu mestre, que ali, em Espírito me mostrava tais coisas. O mesmo Cristo, que não tinha onde reclinar a cabeça me mostra o quanto eu excessivamente estava buscando aquilo que não era meu, sem propósitos, sem ideais. O nobre Senhor, na sua essência de amor, me mostra que o que mais eu deveria desejar eram as riquezas celestes, insondáveis, aquilo que não entrou na mente e coração humanos! Quão ridículo e mesquinho me senti ante a nobreza desprovida de vaidades do meu Senhor, o qual sabia, que seu reino não era esse, que sua comida se consistia em fazer a vontade de Deus! Que o alimento que nos faz viver, é a vida com propósitos que nos faz caminhar.
A experiência que ali tinha, me revelava que a satisfação e a plena realização da alma em Deus, não se constitui em elementos externos. A suficiência da revelação se constitui na manifestação da própria vida de Deus mediante seu Espírito Santo. A vida do Espírito Santo se torna o alimento, o agente, enfim o tudo e o todo. A união da alma com o Espírito Santo mediante a iluminação, torna ambos, embora com suas personalidades distintas, comum em mente e propósitos. Talvez tenha sido essa a experiência continua do apostolo Paulo, quando diz “temos a mente de Cristo” e o “Espírito testifica com o nosso que somos filhos de Deus”. Para Paulo, o mundo era o palco, por onde a “fragrância de Cristo” se manifestava. O tabernáculo, o templo, com o véu, rasgado parecia ser, a própria terra, que segundo Salomão, ainda no Antigo Testamento, não podia conter a presença de Deus. A mente de Cristo e revelação do Espírito Santo, que testificava com o espírito de Paulo, faziam-no sentir a urgência de ver a Europa, o mundo, evangelizados. Para Paulo, o que importava era a manifestação de Deus através de seu frágil corpo, através de seu vaso, que continha a excelência da sabedoria.

03 DE JANEIRO
EM BUSCA DO PARAISO PERDIDO
O paraíso terrestre, outrora perdido pela entrada do pecado no mundo, se constitui em contemplar Deus com o “rosto descoberto”, sendo assim “transformado de glória em glória”. As experiências ainda que ocorram nesse mundo se constituem de um envolvimento mais sublime e profundo com as verdades espirituais reveladas, verdades estas, é de se supor, experimentadas pelo primeiro casal no paraíso. A busca pelo paraíso perdido, assim, se constitui num libertar continuo, onde o “homem interior se renova” ainda que o exterior se corrompa. A santificação, a separação, para um propóstio especifico, que envolve o homem na sua inteireza, revela variavelmente a preparação, não só da alma, mas, a preparação, desde já do corpo para a eternidade. Sendo assim, os maiores benefícios que o corpo pode receber, não são as curas imediatas, mas sim a continua terapia espiritual experimentada pelo cristão, em função da sua presença vivida diante de Deus. Sem culpas, traumas, medos, complexos. Ser “verdadeiramente liberto” é acima de tudo, conhecer, viver e experimentar os grandiosos benefícios proporcionados pela morte do cordeiro perfeito na cruz. Esse conhecimento, acima de tudo precisa ser espiritual, não meramente teológico ou intelectual. O conhecimento interior onde, o “Espírito Santo testifica” com o nosso que somos filhos de Deus. O poder recebido por “aquele que recebe o poder de ser feito filho de Deus” é a vida espiritual dinâmica fluindo no verdadeiro salvo, através dele, concedendo e revelando vida. Vida que produz vitória.


04 DE JANEIRO
A INFINITA GRANDEZA DE CRISTO
A manifestação viva do Cristo é em nossos corações proporcional ao grau da morte da carne, á que nos permitamos, ser eficaz em nós, mediante a morte de Cristo. “Se somos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição” Rm. 6.5. A profundidade teológica aqui revelada, precisa nos preenche de entusiasmo e esperança sem fim. Mostra-nos que Deus não tem limites nas suas disposições em fazer-nos crer naquilo que podemos ser Nele, ao invés de em nós mesmos. O Deus que não dá o “Espírito por medida”, em seus infinitos depósitos de vida deseja que mergulhemos nas águas da sua presença. Ser semelhante na natureza da ressurreição de Cristo, não significa que necessariamente seremos impecáveis e desde já perfeitos acabados. Significa que, desde já usufruímos todas as condições necessárias para tal, mesmo que isso não ocorra de maneira perfeita e completa. A “luz da aurora que vai clareando até ser dia perfeito” é a revelação de que, enquanto “a criação geme com dores de parto”, para alcançar “a liberdade da glória dos filhos de Deus”, podemos experimentar desde já os plenos poderes do reino vindouro. O fermento do mercantilismo, com toda sorte de características a ele, associadas, tem substituído o poder simples do Evangelho com técnicas mundanas, por muitos, entendidas como espirituais. O reino de Deus, descrito por Cristo como sendo espiritual, tem sido substituído por um reino temporal, com características essencialmente visíveis de aparências. O Evangelho simples, que no passado satisfazia as almas sedentas, não é mais um fim em si mesmo. O Evangelho tem sido um meio para um outro fim. O evangelho deixou de ser o alimento para apontar para outro suposto alimento, a prosperidade material. Ao contrario dos cristãos da igreja primitiva, os cristãos tem sido ensinado a serem egoístas. A lepra espiritual de Geazi infectou lideres pregadores da desesperada loucura material. A fé dos heróis descritos em Hebreus tem sido usada para defender interesses egoístas, uma fé manipulada. A fé cujo “autor e consumador” é Jesus foi substituída por uma fé criada nos laboratórios da vida artificial, pouco cristã, de autoria humana com seus múltiplos artifícios teatrais e tecnológicos. Os cânticos espirituais como ênfase e conseqüência da pratica cristã diária, foram substituídas por musicas cada vez mais eletrônicas. A unção não reside mais na pessoa com sua vida diária consagrada, mas, nos efeitos, nas mixagens. Existe uma suposta adoração vir do material para o material, em essência, semelhante ao materialismo dos ateus. Vir em natureza, do carnalmente visível para o mesmo carnalmente visível.


05 DE JANEIRO
A PALAVRA DE VIDA.
A pregação apostólica não tinha toda as possibilidades modernas a sua disposição. A pregação era quase que improvisada. O ensino e a palavra, no entanto “como a espada de dois gumes” fazia seu papel. A palavra bíblica é divina, não é humana. O poder da sua eficácia não reside no homem, na sua retórica e possibilidades. A palavra que “crescia e prevalecia poderosamente” que não “voltava vazia” tinha origem divina. “Agindo Deus” quem impedira?
Ao contrario disso, hoje para que a palavra seja eficaz alcançando resultados, tornou se indispensável uma complexa associação de acessórios a ela. Tais acessórios vão desde a repetição excessiva até ao esvaziamento da mente do ouvinte. A verdadeira palavra de Deus não carece de manipulações, de artifícios. O ouvinte não precisa ser ou estar devidamente preparado. Pois, a palavra como tal é quem realiza o papel de santificar, corrigir, admoestar. A busca e o preparo devem ser do pregador, da sua comunhão, da sua santificação e da inspiração resultante da comunhão do Espírito Santo com o espírito do pregador. A vida espiritual que o pregador trará ao ouvinte é aquela mesma que ele tem no instante da mensagem. A mensagem é seu exemplo vivo. Os apóstolos diriam: “Como podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos’? A palavra do pregador antes de qualquer coisa precisa estar guardada em seu próprio coração”. Mesmo que muitos dos nossos conhecimentos bíblicos estejam quase que esquecidos, mesmo assim, o Espírito Santo “nos fará lembrar” e nos ensinara a contextualizar biblicamente a palavra. O verdadeiro profeta não coloca a palavra na condição do ouvinte, mas com a devida inspiração coloca o ouvinte na condição e situação da palavra. Os profetas reais despertam espiritualmente os mortos, fazendo a palavra ser “Espírito e Vida”. O profeta não estipula prazos longos. Sua palavra leva o ouvinte a crer que “hoje se ouvirdes a sua voz” é o instante da mudança, da ruptura. O tempo é sempre oportuno.


06 DE JANEIRO
A IGREJA COMO VIDEIRA.
A videira verdadeira cultivada pelo Deus eterno, o agricultor de todos os tempos, da videira, da mesma igreja de todos os séculos mostra nesse texto de tão profunda ilustração que, a vida, a mesma de Cristo, é aquela que mantêm a igreja ainda hoje em unidade. Deus, além de limpar e podar sua igreja afim de que a mesma expresse sua glória com os frutos, capacita e sustenta, sua igreja, a videira com a seiva do Espírito Santo. A vida do Espírito Santo, a vida de Deus é eterna. O Espírito, o mesmo que “perscruta as profundezas de Deus” na sua função de conceder vida a igreja, também revela a ela os mistérios divinos. A verdadeira natureza da profecia não se constitui de adivinhações mesquinhas, mas, da revelação da vida de Deus e de seus propósitos ao mundo. O profeta não expressa aquilo que é seu propriamente, sim, aquilo que pertence a Deus e aos santos de todas as eras e situações, a salvação em Jesus Cristo. É devido a isso que o reino de Deus não se constitui em riquezas materiais, tão desesperadamente, buscadas. É devido a isso também que o mundo tem sido cada vez mais um lugar árido seco e sem vida. A igreja aos poucos tem deixado de falar, como porta voz dos mistérios, da verdadeira vida e se embrenhou no caminho das riquezas que não satisfazem. É em função disso que a Palavra tem tido pouca importância. Os crentes não sentem mais a honra e a glória de serem “manifestados em glória” com o Senhor, na produção de frutos espirituais. Pois tem buscado pouco as coisas da “onde Cristo está assentado”. A vida do Espírito, que deveria sustentar a igreja e supri-la, foi substituída pelo fermento do mundanismo, da carnalidade. Hoje, Deus tem limpado sua videira cortando os ramos secos, sem função. No juízo final, o mesmo agricultor, o Deus eterno, fará esse trabalho de forma acabada.



07 DE JANEIRO
O CAMPO OU A PEROLA?
O reino dos céus, num dos ensinos de Jesus foi comparado a uma perola de grande valor encontrada num campo. Foi encontrada essa perola por alguém, que novamente a escondeu, assim foi vender tudo que tinha para comprar o campo que continha a pérola. O reino dos céus foi a todo custo adquirido. Aquele que encontrou o tesouro comprou o campo com o intuito de ter a perola. Seu interesse não era o campo e sim aquilo que estava no campo. Os valores eternos são adquiridos por nós mediante nosso sacrifício em utilizar tudo que podemos e dispomos. O campo aqui exemplificado, nessa parábola do Senhor Jesus, pode exemplificar duas coisas. A primeira, o ser humano que conhece a Jesus Cristo, mediante a salvação. A partir da regeneração, sendo nova criatura, seu esforço não é em si próprio, no campo do seu corpo e sim, naquilo que habita nele. Jesus Cristo, mediante a habitação do Espírito Santo, que faz do salvo alguém honrado por tal verdade concretizada em sua vida. É verdade que a Bíblia nos admoesta a santificarmos nosso corpo, cuidando dele através da adequada alimentação e descanso. No entanto, o que faz o corpo do cristão ter valor, é Deus, que habita nele. Sem Jesus, sem Deus em nós, somos pó. Segundo, o campo é o mundo, a terra. A bíblia nos diz que a terra e a sua plenitude pertencem a Deus. Enquanto habitantes de tal mundo, terra, o que mais pode nos estimular e nortear nossa caminhada é encontrar a pérola, os céus. Nossos sacrifícios, nossas lutas diárias que envolvem o trabalho com suas fadigas, as doenças, dificuldades em todos sentidos, no resumir de todas coisas que envolvem nossa manutenção como pessoas, se constitui num comprar diário e constante do campo. Nesse comprar diário do campo que, em essência, nos leva a maior riqueza, aos céus, as ênfases em maior ou menor grau tem sido invertidas. Infelizmente, a teologia moderna tem levado os cristãos a buscarem mais, muito mais o campo, do que a perola. A ênfase no corpo físico, na estética e no visível tem tido uma proeminência avassaladora. O ensino demasiado da prosperidade material tem levado cristãos a desejarem mais as coisas próprias e passageiras do mundo do que os valores eternos, os céus.


08 DE JANEIRO
O SACRIFICIO ABRANGENTE.
O apóstolo Paulo no ensino a duas igrejas distintas, Roma e Corinto, usa o corpo como analogia divinamente inspirada com o intuito de aperfeiçoar o crente. Individualmente e corporativamente. Em Coríntios, escrita anteriormente a Romanos, Paulo usa o termo “corpo” para defender a unidade da igreja. Visto que em Coríntios existiam partidarismos, onde um preferia Paulo, outro Apolo e ainda outro Cefas, havia em virtude dessas preferências, facções. Divisões maléficas a unidade, ao andamento do papel da igreja como luz. Paulo, combatendo as divisões, usou o termo “corpo” como símbolo de unidade. Como indivíduos, realizamos e desenvolvemos nossas funções com a participação de todas as partes do ser. Mãos, dedos, nariz, ouvidos, todos estão presentes, mutuamente. O corpo não age dividido. Aos romanos Paulo utiliza a expressão corpo no capitulo 12. Ali a expressão “apresentais vossos corpos como sacrifício vivo” tem uma verdade profunda e confortadora na pratica cristã. A unidade do corpo no sacrifício vivo. Mesmo, na santificação progressiva, todo corpo precisa estar vivo, conjuntamente. Estar com o corpo em sacrifício vivo é estar com o órgãos e partes do mesmo, integralmente santificados. Alguns imaginam que podem viver, por exemplo, com os ouvidos santificados e com os olhos não. Ou vice-versa. Estar com o corpo em sacrifício vivo é, estar integralmente santificado. É uma experiência que envolve nossa totalidade. Não são parcelas ou partes apenas. A experiência com o Espírito Santo é no corpo completo, envolvendo todas as partes. Seria um contra-senso afirmarmos que não pecamos com os olhos, no entanto, com os ouvidos pecando ouvindo as malicias em tom de aprovação. A santificação, quando buscada e praticada precisa envolver o todo. A engrenagem de interdependência do corpo produz o sacrifício vivo em seu todo, gerando, assim como no Antigo Testamento, a fragrância do sacrifício que agradava a Deus. Sendo assim, quando mortos para o pecado, estamos integralmente mortos, corporalmente falando. Quando vivos, integralmente vivos. Que as duas cartas paulinas, romana, corintiana, seja uma constante pratica diária na vida dos fiéis.

09 DE JANEIRO
A NATUREZA DA VERDADEIRA FÉ!
Eis a vitória que vence o mundo: a nossa fé! A fé do que é nascido de Deus.(1.Jo. 5.4)O tema fé é debatido maciçamente nos dias da igreja atual. Associado a fé se propaga feitos milagroso com todos recursos difusores a dispor. Curas, prosperidade e milagres são testemunhados com a intenção publicitária de atrair multidões a usarem a mesma fé, que segundo pregadores, muitos não sabem usar devidamente. O que eles dizem é que as pessoas precisam ir à igreja para aprenderem a usar a fé. A “fé”, então, é o interruptor que liga o cristão aos milagres. Mas, a fé, que ao invés de gerar vitória, na pratica, decorridos os dias, não muda muita coisa, na vida dos convencidos por tais doutrinas. Frustrações e questionamentos surgem. O x da questão é que, a fé ensinada por muitos hoje, não é essencialmente bíblica, cuja autoria é do “autor e consumador da fé”, Jesus Cristo. Trata-se mais de uma força psíquica, que em certos casos até produz alguns resultados, na maioria das vezes, no entanto não altera nada. João diz que: o que é nascido de Deus vence o mundo. Vencer o mundo não significa necessariamente prosperar materialmente. Pode significar curas, milagres e prosperidades múltiplas, no entanto, a fé que faz vencer o mundo, é produzida por Cristo em nós, para consolidarmos nossa posição de habitantes celestiais desde já até a vinda da Nova Jerusalém. Essa fé nos consolida contra as oposições ao reino de Deus que não se constitui de comida e bebida. Ela nos conduz em triunfo, na mortificação dos frutos da carne, tais como: orgulho, mentira, prostituição, avareza, enfim, tudo que concerne à carne. O paradoxo da fé de hoje é que, ela produz pessoas independentes de Deus, onde elas se sentem responsáveis por tudo, desconhecendo os propósitos divinos nas circunstâncias da vida. A verdadeira fé nos encoraja na firma posição de filhos de Deus, quando das perseguições por causa de Cristo. A verdadeira fé promove santificação genuína, frutos espirituais permanentes. Enfim, nesse mundo obcecado, saturado pelo tema fé, até nas religiões orientais e pagãs, quem possui a fé essencialmente bíblica, é aquele que é nascido de Deus. O salvo, mediante o sacrifício de Cristo e da sua posição em Cristo. Ser nascido de novo, experiência indispensável para aqueles que professam serem cristãos salvos.



10 DE JANEIRO
O “NEGÓCIO” DE DEUS É OUTRO.
Tenta hoje se aplicar à igreja métodos que na verdade são empresariais e só servem para a obtenção de lucros ou resultados onde não existe preocupação com a qualidade. O que se procura a todo custo são resultados. Desejam fabricarem cristãos, onde os mesmos se valem de Deus e do mundo para o continuo caminhar como tal. Na verdade se tenta dissociar o evangelho “da igreja” e o evangelho “do viver diário”. Isso é impossível. O Espírito Santo não ira levar alguém para uma suposta experiência sem que esta interfira e altere na conduta diária; a emoção, os padrões, arranque o pecado. Assim, como quando Jesus esteve com João, Tiago e André, no monte da transfiguração, assim podemos entender e sermos levados à compreensão dos propósitos da lei e dos profetas, mas precisamos descer do monte da transfiguração levando a graça, esta revelação, que é elevada e gloriosa, mais do que tudo. Nosso evangelho, glórias a Deus, se centraliza em torno de Cristo, com sua plena e completa presença, através de Seu Espírito, com isso entendemos a razão da sua missão, do seu coração, do seu desejo de que todos venham até Ele. Aqui precisamos voltar a Palavra, mais do que nas nossas emoções, na nossa razão ou nos nossos meios. Precisamos nos propor em “pregar Cristo e este crucificado”, aqui, os artifícios humanos, que em nós geram conforto e falsa segurança, precisam cair. A razão, o artificialismo com todos métodos precisam ser expurgados na igreja onde Cristo é proclamado como cabeça. Para que as emoções e o sentimento de urgência que dominava Cristo ao “ver as multidões famintas” nos domine, nos faça sermos íntegros e urgentes, com o coração partido. Essa era a vida da igreja primitiva, querer resgatar seus princípios recai necessariamente nesses aspectos. A qualidade na formação de cristãos reside aqui: eles estão envolvidos na vida da igreja com tudo que são, com todos recursos, com todas emoções, com toda vontade, com todo zelo. Com tudo que são e tem precisam ser do Senhor, para que eles tenham o Senhor assim como Ele é e pode fazer com eles, com tudo que tem de recursos espirituais e materiais, como Senhor do universo.
O sentimento de urgência da necessidade pela busca da evangelização, fez com que Jesus afirmasse: “rogai ao senhor da seara para que Ele mande obreiro... pois os campos já estão prontos...”. Esse foi o desejo que consumia Cristo. Essa capacitação divina produzida pelo Espírito, que ungira o Senhor, está à disposição de todo aquele que crer. Se fomos “sepultados juntamente com ele na sua morte, o seremos na sua ressurreição”. A Evangelização com o sentimento de urgência, que manifesta o “eterno”, como sendo o agora de Deus, nos consumira quando entendermos a verdade de que “somos raça eleita”, e “povo exclusivo de Deus”. A doutrina que muitos consideram como extremismo, é justamente aquela que nos leva para tudo que Deus já tem para cada um hoje, é a busca pelo conhecimento de Deus, do seu coração, completamente. A santidade completa é a busca pela manifestação total do que Deus é. Ele é o Emanuel, e precisa ser vivido por nós, como tal. Ser cristão, ao contrario do que tem se ensinado, é ser forasteiro, errante, é ser um concidadão dos santos, estar abrigado em Cristo, de um Cristo que habita nas regiões celestiais. Não pertencemos ao mundo. O mundo tem seus sistemas, seus meios, seu sucesso e valores, e o reino de Deus é antagônico a ele. Não pode haver conciliação.
Assim como o Espírito Santo ungiu o Senhor para provocar rupturas e destronar o sistema corrupto e maligno, assim o Espírito nos unge, para sermos agentes ativos, para levarmos e pregarmos a ruptura, a separação!


11 DE JANEIRO
A TRINDADE E OS PLANOS DIVINOS.
A doutrina da trindade aceita como bíblica na grande maioria das denominações tem um papel importante a desempenhar na busca pelo retorno a Palavra. Nos credos e manuais de doutrinas se percebe que na formulação da doutrina da trindade existem pelos menos algumas características que precisam existir para que a mesma seja bíblica, entre as quais podemos destacar a unidade de propósito. Isso significa dizer que todos propósitos divinos, intenções e planos para com os homens a trindade está envolvida. Não pode haver dentro da trindade contradições e nem planos e mentes que tira de Deus o senso de unidade. Essa verdade é revelada no livro de Efésios. Precisamos entender que sendo a trindade, eterna, que tem propósitos comuns, que ela e unânime e está toda envolvida no processo de restauração do homem caído. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão todos desejosos em ver a realidade da salvação estar sendo vivida. Ora, no Antigo Testamento vemos expressões onde Deus pedia santidade e perfeição, Jesus no Novo testamento reafirma esta verdade, o Espírito Santo após isso, só pode estar disposto a aplicar esta verdade através de seu papel, ou seja, levá-los ao fim desejado e que foi afirmado tanto pelo Pai quanto pelo filho. O próprio Senhor Jesus antes de morreu na cruz afirmou que “Deus não da o Espírito por medida”. Para a mulher samaritana Jesus falou que o Espírito jorraria, como rios. Isso é significativo! Não podemos culpar Deus, nem uma das pessoas da trindade pela falta desta realidade presente, que deveria, por nós, ser vivida por completo.
Parece que muitos aceitam a idéia de um Deus trino, só que na hora de aplica o ensino se contradizem naquilo que crêem. Dizem que Deus é soberano, é um pai de amor, ofereceu o melhor de si, é um ser inigualável em caráter e virtude. Do filho, de Jesus as afirmações são as mesmas, engrandecem-no com todos e imagináveis adjetivos. Para o Espírito Santo, bem, aí, parece que se desvincula a obra da trindade.O fato de hoje haver esse consenso e falta de busca pelo cumprimento das verdades plenas do Espírito, se deve a maus entendidos. Dizem que Deus e Jesus fizeram o melhor de si, mas o Espírito Santo não deveria estar disposto a oferecer o melhor de si? E o que seria esse melhor de si do Espírito Santo?
Que Deus, pela própria influencia atuante do Espírito Santo nos desse uma visão realista e bíblica de fato sobre a obra completa do Espírito Santo.

12 DE JANEIRO
PODEMOS SER PROFETAS?

Sim. Todos podemos ser profetas. Paulo na sua carta aos Coríntios, diz que eles (nós, hoje) deveriam buscar os melhores dons, mas principalmente que profetizassem. Paulo está falando algo que é real, em nós deve ser pratico.Aqui entra em cena o aspecto de que a profecia é o falar da realidade daquilo que Deus está fazendo, ou seja, levando a cabo o desejo de salvar. Profetizar é dizer em alto e bom som que Cristo é o Senhor tendo as conseqüências desta verdade, ou seja, as bênçãos da realidade da salvação. Podemos ser todos profetas, pois a igreja, o Corpo de Cristo é profético. Nós como parte deste corpo não temos outra função neste mundo a não ser a de anunciar o triunfo de Cristo, o fim do domínio de Satanás, da morte com seus múltiplos aspectos. Anunciar que o reino de Satanás terá fim e tudo a que ele pertence e que não foi intencionado por Deus para o homem. Os cristãos da igreja de todos os tempos, desde a fundação da igreja no Pentecostes têm dentro de si, um novo espírito que é profético, que traz a realidade da salvação aos que o possuem e por Ele são possuídos. Sim! Os cristãos têm a mente de Cristo! Eles pregam não por força ou violência, mas pelo Espírito do Senhor! Eles têm as riquezas insondáveis de Cristo! Dentro do verdadeiro regenerado, daquele que de fato se torna templo do Espírito Santo existe um Espírito que clama e intercede com gemidos inexprimíveis, para por em liberdade àquele que está sofrendo e deseja ser liberto para a “glória dos filhos de Deus”. O cristão, não importa, desde que for um verdadeiro, tem dentro de si o Espírito Santo, desejoso em trazer a plena, a totalidade da realidade do propósito de Deus para com ele. Isso é fantástico! Por isso devemos declarar que Jesus é o Senhor, por que se a igreja assim o viver, mais e mais terá da plenitude das bênçãos de Cristo, que estão a dispor e em favor de todos os homens! Isso resulta no pleno e completo viver que Deus desejaria para cada um, da participação dele, do peno viver, agora. Daquilo que Ele sempre tencionou na eternidade
Por isso, todos devemos profetizar! Pois profetizar é anunciar esta realidade! Façamos parte de um plano real e de um Deus vivo e atuante.

13 DE JANEIRO
EM BUSCA DE UM "SONHO DE CONSUMO".
Queria a todo custo encontrar a felicidade, a razão da minha existência, do que tenho e sou. Estava cansado com as explicações que o mundo tentava me dar do que é ser feliz. Muitas vezes me disseram que a felicidade se consistia no poder, no quanto acumulei de riqueza, de bens. Ouvi ainda insinuações de que a felicidade se consiste na exaltação do meu ego, no pleno descobrimento das minhas possibilidades como espírito que habita num corpo. Ouvi tantas e mais tantas concepções sobre o que é ser supostamente feliz.
Num momento de turvas e espessas trevas lançadas sobre mim, por este mundo enlouquecido pelas muitas vozes que nele se ouvem, a minha alma escuta a voz daquele que é o meu pastor. Daquele que disse que as suas ovelhas ouvem a sua voz e o conhecem. A minha alma ouve a voz daquele que tem espírito e vida nas suas palavras.
Hoje Senhor, neste instante de toda eternidade compreendo que nada de que o mundo me diz está certo. A felicidade, Senhor, está em ti. Tu, Senhor, é a própria felicidade. O teu Espírito Santo que jorra através de mim, descortina o véu do meu coração para me levar à compreensão eterna do que ela significa. Com isso posso compreender, Senhor, que tu, como Senhor e dono do universo, não hesitou em se denominar como aquele que não tem onde reclinar a cabeça. Que Tu Senhor, rei e honrado que era pelos santos anjos, se abdicou de toda glória para me mostrar que a felicidade não se constitui do eu transbordante e saturado de vícios, desejos e intenções ilusórias. Ajuda-me Senhor, compreender esta verdade cada segundo da minha vida. Ajude-me Senhor a amar o próximo como a mim mesmo. Ajude-me Senhor a ver o mundo com os olhos que o Senhor via. Ajude-me, Senhor, a entender que a maior riqueza e ter o próprio Senhor como a única razão. Isso Tu fez, Senhor, pelo seu Pai e por isso foi chamado de filho amado. Ajude-me Senhor a fazer o mesmo, para que Tu possas me chamar com sua voz mansa e suave: muito bem servo bom e fiel hoje está comigo no paraíso.

14 DE JANEIRO
O PRAGMATISMO DO AMOR.
A filosofia do pragmatismo ensina que aquilo que é instantaneamente funcional é verdadeiro, sendo que, aquilo que não tem utilidade pratica deve ser descartado. Os pragmáticos em essência se aborrecem com o conhecimento estagnado. Desfazem-se de tudo aquilo não da resposta imediata. Embora, não muito tempo o pragmatismo como solução para os problemas da teologia, fosse duramente critica, hoje, ele é amplamente praticado consciente ou inconscientemente. Grande parte dos problemas teológicos, gerados por interpretações errôneas de grupos heréticos, tendem-se a intensificar. Uma das razões para tal é o uso abusado do pragmatismo na teologia. Os lideres atuais na ânsia de terem templos lotados procuram usar todos os recursos práticos a dispor. Recursos estes que, muitas vezes são copias daquilo que o mundo faz. Nisso, a essência da espiritualidade se perde, e os valores externos sãos as ênfases. A musica, parece que tem cada vez mais o papel de entreter ao invés de levar a adoração. O uso deliberado de objetos contendo supostamente poderes é usado maciçamente com o intuito de desperta fé. A pregação que se alega ser poderosa tem por detrás de si outros elementos que visam firmá-la na mente e coração do ouvinte. A uma separação do evangelho. A santidade não significa mais separação, para Deus, mas a continuação de ser do mundo para servir a Deus. Talvez, em parte, isso mostre o porquê de muitas pessoas desesperadas procurarem a igreja, mas não encontram nada, porque a igreja esta demais parecida com o mundo. A igreja, ao invés de procurar dar soluções espirituais, santas, através da palavra, procura dar soluções que o mundo está cansando de oferecer. A igreja parece que serve apenas de oficina, onde as pessoas são ensinadas a fazerem um rápido reparo da vida, para então usarem as respectivas fé e encontrarem respostas naquilo que a maioria oferece e não encontra. A solução através do materialismo. A igreja pode ser pragmática. Ser pragmática no amor, no serviço, na obediência, na visão do verdadeiro reino Deus que pode oferecer. Naquilo que a igreja precisaria ser mais pragmática possível, ela não é, onde ela não o deveria ela é. Existe uma inversão pragmática. Onde os alicerces da estrutura teológica estão sendo removidos. Os profundos e irremovíveis limites da fé, genuinamente bíblica, se, na pratica intensamente vividos, produziriam resultados, estão sendo removidos, pelos ventos de doutrina, que não se sabe onde estão fixados, nem para onde conduzirão.

15 DE JANEIRO
UMA MORTE QUE “NÃO QUER CALAR”.
No sagrado texto nos é dito que as roupas de Estevão foram deixadas aos pés de um jovem chamado Saulo. As roupas de um homem morto impiedosamente foram deixadas aos pés do maior assassino de cristãos da época (At 7.58). Se Paulo, o então Saulo veio a ser um cristão e o maior evangelistas de todos os tempos, em parte isso se deve a Estevão, da sua morte, vista por aquele fariseu, cheio de si, da lei própria e mortal. Saulo era sanguinário, impiedoso e cruel, a morte por ele vista produziu certamente tamanho impacto sobre sua consciência morta, que no processo de conversão de sua alma, ele recebe a revelação do próprio Senhor Jesus. Neste mundo marcado pelas leis dos homens, nas suas justiças próprias, o Evangelho se torna vencedor através do exemplo. Em nenhuma parte do historia o Evangelho cresceu através da liturgia, através de dogmas, de métodos de culto, tanto de supostos tradicionais quanto dos ditos avivados. O Evangelho foi e era vitorioso por que impressionava as consciências através dos exemplos daqueles que cristãos que se tornavam o espetáculo do mundo, no sangue derramado, nas tumultuadas iras, enfim na qualidade de um mártir que sofria pagando o preço caro, para ser um tal. O evangelho crescia e pode crescer à medida que a estatura de Cristo se evidenciar na vida dos seus praticantes, na sua vida, no seu poder operante. Sob os escritos que estão no livro de João se fala muito hoje, em poder e batismo no Espírito Santo, mas é preciso também ser entendido que ele próprio diz: “Convêm que eu diminua para que Ele cresça”.Bem diferente do evangelho que procura hoje se apresentar, um evangelho onde não se tem a compreensão da sua real profundidade e valor, no seu real grau de necessária influencia e transformação. O evangelho dos dias atuais se centra no homem, não no Cristo vivo e glorioso, isso é facilmente visto nas cenas do dia de qualquer um de nós. Não queremos seguir o exemplo de Cristo, não queremos abrir mãos de possíveis direitos que imaginamos possuir. Isso se evidencia em iras descontroladas, em razões que são a base para nossa autojustificação com a qual insistimos e desejamos pregar o Evangelho. Em apresentar justiças próprias, onde “eu ainda sou melhor que você”. Esse evangelho é tão perigoso quanto o sectarismo. Não mostrando o evangelho do domínio próprio como Estevão aqui mostrava. Esquece-se que o Evangelho é a vida do próprio Cristo. A verdade de que não somos deste mundo, onde tantas vezes se busca o prazer a todo custo, o dinheiro acima de qualquer outra coisa, sem contar os vícios, a sensualidade, o fingimento, que é uma mascara para outros pecados ocultos, que tem procurado e conseguido trancar o caminhar. Que tem tirado da igreja a vida do próprio Senhor Jesus para colocar no corpo de Cristo o fermento do mundanismo disfarçado de religiosidade. Estevão tinha e vivia um Evangelho que era poderoso. Não nos iludamos, embora muitos pensem que igreja cresce pregando prosperidade, cura, ou métodos, a essência do crescimento se dá à medida que temos e vivemos o que Cristo foi e é. À medida que Cristo cresce em nós revela a eficácia da santidade e o poder do Evangelho.

16 DE JANEIRO
REGENERADO OU ARTIFICIALMENTE REPARADO?
A doutrina da regeneração, que possui o carimbo de entrada para o corpo místico e invisível de Cristo, foi transformada numa mera auto-reforma individual. Isso é fácil de se constatar. Uma gama de cristãos pensa que salvação é resultado de uma mudança na maneira de se pensar. Uma alternância de hábitos e costumes. O resultado disso é a formação de cristãos nas fileiras eclesiástica, nominais. Dizem-se cristãos, mas nunca houve de fato transformação sobrenatural, que as tirassem do ciclo natural ( Jo 3:6 ) e do modo de pensar prevalecente na atualidade. Uma experiência que de fato faz alguém ser cristão. Um cristão por excelência nunca aceitará a idéia, de servir a Deus simultaneamente tendo princípios que nunca condizerem com sua vontade (1Jo 5:18). Mais, esses novos princípios causadores da ruptura não foram encravados em si, pelo próprio homem, mas por Deus, (Jo 1:13). E isso acaba se tornado obrigatoriamente, necessariamente algo intrínseco no interior do convertido, pela ação sobrenatural de Deus, não no mero esforço humano. O senhor Jesus nos ensina através de sua entrevista noturna com o religioso Nicodemos de que co-participar com um sistema religioso por mais bem intencionado e tradicional que ele seja de nada adianta. A regeneração, com certeza é o maior de todos os milagres, ela nos alerta para o fato e o perigo de vivermos uma mera religiosidade, sem um intrínseco transformado. Ela ainda é esse milagre todo, pois o substrato, a essência do homem é radicalmente e instantaneamente colocada de um lugar para outro, (Jo 5:24). Assim, como Deus tinha formado o primeiro homem com seu sopro fazendo dele uma criatura a sua imagem e semelhança, assim no novo nascimento o homem se torna novamente em alguém à imagem e semelhança de Deus, (2Co 5:17). Isso não é naturalismo, auto-reforma, isso não é obra da carne. Assim como o Adão do Éden não teve participação alguma na formação de seu elemento espiritual, assim o novo Adão, não tem participação na retificação de seu Espírito outrora morto.À medida que a doutrina da regeneração se perverte, as posteriores e que estão intimamente ligadas a ela também sofrem dano. Que o Senhor ajude nos entendermos isso, para não criarmos, assim como já foi criada a doutrina na qual o homem muda o homem. Os homens em termos de regeneração podem até tentar fazer algo exteriormente, mas o que eles podem fazer mesmo em todas esferas de seu ser, é buscar com intenso clamor pela vida que Deus proporciona. Que Deus livre a igreja desta época desta mentira naturalista, onde se pensa em fabricar cristãos que meramente seguem métodos e mais métodos. O método de Deus é o poder da vida do Espírito na regeneração e não o discurso por mais bem intencionado e montado filosoficamente na razão fundamentalista, (1Co 2:5). Que Deus levante pregadores, irmãos, leigos e lideres espirituais, que mesmo sendo mal interpretados ou criticados falem e vivam verdadeiramente do poder que transmite vida e vida eterna, (1Co 4:20).

17 DE JANEIRO
CAPITALISMO, NEM COMUNISMO.
As lutas de classes, desde a entrada do pecado no mundo foram avassaladoras. Basta ligarmos a televisão ou olhar a capa de um jornal que ali a percebemos com sua atuação nas mais diversas maneiras, seja a especulação financeira, nas greves, ou as invasões de terras no uso da violência. O ensino da Videira verdadeira nos deixa claro que no Corpo de Cristo não existe individualismo, o eu. Com Cristo somos o Tudo, e Ele quer fazer de Nós, junto consigo o todo. Isso implica em não-individualismo. Eu sou um com Cristo, automaticamente essa mente, que Paulo diz existir em nós deve nos concluir que acima do dinheiro e de tudo que ele traz. Cristo deve ser o eu. Cristo deve viver. Em Deus não existe egoísmo. A igreja no principio, em Atos, entendia esta verdade, vemos ali a predominância de uma espécie de comunismo cristão, regida não pela força e nem pelo eu, mas pela lei do amor. Cristo era tudo. As expressões dos apóstolos refletem essa verdade. Lamentavelmente a igreja nestes dias tem se embrenhado na selva capitalista a tal ponto que ela perde por completo a identidade de igreja, como Corpo de Cristo, como no principio. Hoje o capitalismo, o individualismo é aceito e incentivado. Não mais o caráter de Cristo é desejado, mas o dinheiro o poder, inclusive, a igreja tem criado meios para isso. Isso também reflete no fato de hoje a igreja ser pobre, porque desconhece o principio de que “mais bem aventurado é aquele que dá”. Deus é um doador nato, Ele é humilde por excelência, por isso é rico. A igreja como agencia e detentora de sua vida precisa descobrir meios para propagar e viver intensamente esta vida que lhe é transmitida. Então se tornará verdadeiramente rica. O Evangelho se vivido na totalidade obteria com êxito tudo aquilo que dois principais homens ateus (Marx e Engels) nunca conseguiram implantar. A igreja precisa se valer do principio do amor, ele é a força propulsora de toda atitude e decisão de partilha que pode e deve permear o estado “socialista”, de igualdade, no corpo de Cristo. O socialismo com suas variadas interpretações e suas implementações em vários países é um método humano e natural daquilo que Deus sempre quis que existisse entre os homens: igualdade. Hoje restam poucos estados que persistem com ele, foi descoberto em longo prazo ser uma tentativa frustrada de se aplicar àquilo que Deus com Sua palavra podem fazer, uma comunidade igualitária, sem diferenças sociais. O livro de Atos nos diz um pouco daquilo que Deus estava fazendo: Implantando uma igreja que, à medida que vencia e triunfava sobre o sistema egoísta e centralizador da época, por onde passava, deixava a marca da igualdade, do corporativismo. Caso a igreja continuasse no mesmo ritmo, nos séculos posteriores não se fundindo com o mundanismo, representado pelo império, hoje estaríamos colhendo resultados desta vida milagrosa. Vida que rompe, o Evangelho que por si próprio contêm a essência do milagre, da transformação. Ele é o falar do próprio Deus. Até quando nós humanos vamos deixar de ouvir os homens com seus complexos sistemas, para dar ouvida a voz, eterna, poderosa, de Deus?
.
18 DE JANEIRO
PROFECIA, UM DOM ETERNO.
Quando se deu inicio ao que chamamos de profecia? Qual é a passagem bíblica que podemos estabelecer como marco para o começo deste ministério?
Será que é possível estabelecer o marco profético com Noé, Abraão, Moisés ou algum dos profetas? Depois do estabelecimento da nação israelita Samuel foi considerado um grande profeta, isso sem dizer de Elias, Eliseu, e outros tantos mais. Em meio a tantos profetas com suas ações como estabelecer um marco para o inicio deste ministério e como estabelecer um dito cessar do mesmo?
A Bíblia nos relata que Jesus foi um grande profeta, na sua missão ele incorporou todas as funções dos tipos do Antigo Testamento, ou seja, Jesus foi profeta, sacerdote e rei. Jesus é eterno e é Deus, a partir desta premissa, pode se chagar a conclusão de que Deus é um Deus profético na totalidade do seu ser trino, que atua conforme o beneplácito, conselho da sua vontade. Deus é profeta no sentido de que tudo quanto Ele diz irá se cumprir, Ele próprio e o agente que inaugurou este ministério, pois Ele é o detentor do Espírito que revelou e revela suas intenções aos homens. Sem a ação inicial de Deus, sem sua presença, sem a realidade de sua existência não pode haver ministério profético. Jesus cumpriu este ministério, ele faz parte da vida daqueles a quem Ele comissiona. O ministério profético, enquanto Deus ainda estiver “trabalhando” se valera deste meio para anunciar aos homens seus planos e ações.


19 DE JANEIRO
UM EXEMPLO DE AGENDA.
Paulo, mesmo nunca estando em Roma, no desfecho de seu livro cita vários nomes de irmãos cristãos. Que zelo, como um homem preocupado em defender a igreja das heresias, que não tinha lugar fixo, precisava escrever cartas e recomendações, ainda tinha espaço na sua agenda para nomes de irmãos. Com isso podemos deduzir que o papel do evangelho não é meramente um trabalho com fim institucional. Hoje em qualquer empresa, o trabalhador é um a mais. Identificado com um código, que tem que produzir e produzir. No evangelho não funciona o sistema empresarial. No evangelho se vive a essência, se vive como ser humano e que mantêm relações sociais de um ser humano e não de uma maquina. Que De possa nos dar a visão que cristianismo é vida. Pratica. Outra lição que o livro de Romanos nos ensina é que o cumprimento da lei é o amor. Antes de entrarmos na arena dos ideais e dos conceitos a lei do amor precisa ser real. 13:10. A lei do amor não está preocupada com criticas, opiniões contrarias, opiniões doutrinarias, que geram divisões. Precisamos descobrir se muitas vezes não utilizamos o artifício da critica, para suprir uma falta de amor pelo próximo.

20 DE JANEIRO
EXPERIENCIAS À LUZ DA BÍBLIA.
Quando se fala em poder do Espírito, não se exclui o que Paulo chama de “culto racional” (Rm 12.2). Nem sempre experiências emotivas por si próprias, são reais e verdadeiras à luz da Bíblia. Precisa haver emoções em experiências espirituais, em maior ou menor intensidade, isso varia de acordo com a personalidade e visão que cada um tem, se não, Deus não criaria o homem com elas. Deus não criou o homem para ser ele alguém insípido e massificado. Só que na verdadeira experiência a emoção será produzida pela ação do próprio Espírito. Esta acompanhada do arrependimento, da tristeza pelo mal ou da alegria produzida pela certeza da salvação. O que muitas vezes se percebe nestes dias, é que a emoção não mostrou a real transformação. Eu creio particularmente, ser muito difícil ver Deus agir produzindo essas experiências, onde pessoas após a ocorrência das mesmas continuem inalteradas na sua maneira de ser. A verdadeira experiência seja ela com um caráter mais emotivo ou mais racional, envolve todos os papeis no homem como ser seja no papel social, familiar, sentimental e outros mais. O que muitas vezes se quer e se percebe, é a busca ao máximo em expressões emotivas com Pai, não que isso seja errado, dentro do que se considera de fato como emoção, mas quando precisa se expressar esse amor com o próximo, como Jesus disse em Mateus, então as coisas ficam difíceis. Precisa haver a quebra do mal, precisa haver restauração, comunhão. Na vida diária precisam existir os frutos que permanecem, neles se incluem a modéstia, o domínio próprio, o controle da língua, a honestidade, o caráter. Sobre o poder de Deus e a experiência, pode se ainda concluir que: O homem não precisa se esforçar para produzir a dita experiência, através de recursos que estariam nele próprio, como se Deus dependesse deles, no caso a utilização da mente e na criação de meios propiciatórios. Nas experiências dos personagens bíblicos, podemos perceber os mais diversos meios. Pessoas sozinhas, isoladas ou junto com outras. A experiência também não é viajar para um suposto interior cósmico. Ela não esta centrada no homem. Deus em tudo deve ser glorificado. Nem sempre ela precisa noz fazer sentir bem em demonstração de alegria. Muitas vezes Deus quer nos fazer sentir aquilo que Ele sente com relação ao mal. Enfatizar o poder da mente disfarçadamente, como meio para obtenção da purificação e do perdão dos pecados é chegar aos limites, perto, senão dentro, de doutrinas com caráter budista e outras religiões orientais, que negam a cruz e o sangue de Cristo alegando que a salvação se obtém seguindo passos de purificação. Com ênfase fortemente mística pervertida.

21 DE JANEIRO
A VITÓRIA INQUESTIONAVEL.
Se nosso mundo corrupto está dominado pela ciência e pelo orientalismo nos seus mais variados ramos e influi praticamente em tudo que pensamos fazer como cidadãos, que mesmo estando no mundo e não fazendo parte dele, como podemos manter-nos dentro do ensino de Cristo e de tudo que os apóstolos e profetas nos deixaram pela inspiração sobrenatural do Espírito Santo? Como a nossa avidez espiritual e o nosso desejo de buscar Deus como a corça busca pelas águas, pode permanecer dentro dos limites bíblicos? Como saber discernir se nossas, ou as experiências dos outros movimentos e pessoas se enquadram no ensino de Cristo?
Aqui está, na minha opinião o cerne da questão. A bíblia em João três nos diz que todo aquele que é nascido do espírito é de fato um cristão. Através deste ensino da regeneração, Jesus deixou bem claro que o homem não se regenera e nem uma auto-reforma individual são suficientes para salvar o homem. A salvação não está baseada no conhecimento intelectual, como Nicodemos tinha de certas leis e preceitos. A salvação é a experiência direta e objetiva e soberana de Deus mediante seu Espírito Santo, como nos é descrito neste capitulo. Ela não foge daquilo que Deus estabeleceu e não é produzida pelo homem, através de circunstâncias, seja a musica, ou na própria e mera intelectualidade no entendimento de algo falado por Cristo ou alguém outro. Esta obra de regeneração não é produzida pelo poder da mente, ela é uma obra suficientemente e unicamente divina. Deus a realiza. A partir do novo nascimento, dentro daquele que passou em verdade por esta experiência, habita um Espírito, é uma pessoa viva e regenerada. Além disso, o Espírito Santo que no crente habita é o mesmo que inspirou a escrita da Bíblia. É por isso quando alguém lê a Bíblia ela precisa entender a Bíblia e examinar coisas espirituais com coisas espirituais. Com certeza esse mesmo espírito, acompanhando a Palavra, levarão o cristão a dimensões que fogem a regra da ciência. O Espírito que testifica precisa dirigir o homem deve ser o instrutor intimo das verdades espirituais. Aqui está o segredo da eficácia do evangelho. O ensino aliado com a pratica viva e em experiência real da Palavra, se torna indispensável, quando assim a igreja o fizer, ela poderá ter a certeza de que as experiências dos seus membros seriam balizadas por ela. Os falsos ensinos contrários ao padrão moral bíblico seriam facilmente vencidos.

22 DE JANEIRO
DIVISÕES, NÃO. CRISTO, SIM!
Na Bíblia, não existe menção de denominações, sejam elas inspiradas em nomes de fundadores ou em características de praticas, com ênfases em determinado elemento teológico em detrimento de outro. No livro da Coríntios Paulo condena a divisão, pois não foi Paulo, Cefas, Apolo ou qualquer outro homem crucificado. Somente Jesus, Ele é o cabeça da igreja. Com o crescimento da civilização tecnológica e capitalista a igreja permitiu que o fermento mundano do individualismo levedasse toda massa. Hoje a igreja tende a ser cada vez mais essencialmente mundano, seu propósito não são movidos pelo amor e mente de Cristo, são mais movidos pelo egoísmo de pastores falsos e lideres que tem fobia da numerologia. Vemos cada vez mais igrejas, mais preocupadas, com as coisas, que são daqui, ao invés de buscarem as coisas de onde Cristo esta assentado. Verdadeiramente é uma vergonha, pois os homens precisam de respostas espirituais para suas vidas e não de soluções que visam mais alimentar seu egoísmo, sua falsa auto-estima. As divisões ou grupos que apareciam no passado tinha em suas ênfases a verdadeira espiritualidade. A espiritualidade era entendida como a plena manifestação dos frutos do Espírito, descrito em Gl. 5.22. Uma das fortes evidências da manifestação da plena espiritualidade desde a igreja primitiva era o desapego aos valores desta vida. Ou seja, a humildade aliada com a virtude de se contentar com os valores internos. A força motriz que rege o verdadeiro cristão. Ao contrario, hoje, espiritualidade é entendido como acumulo de capitais, de bens. Essa falsa espiritualidade, que busca suprir as reais necessidades espirituais do homem, alimentando-lhe a carne, são os artifícios usados pelos falsos lideres. Que Deus levante lideres sinceros e entendam que a essência da vida cristã se resume as riquezas insondáveis de Cristo que nos são outorgadas mediante a presença do Espírito Santo em nossas vidas.

23 DE JANEIRO
O MAL E SEUS PROPÓSITOS.
Existe uma distinção entre mal e pecado.Será que todo mal é pecaminoso?
No texto de Isaias 45.7, qual é o contexto do versículo?
A história de Israel e marcada pela idolatria e corrupção, para corrigir o povo com seus pecados, em diversas ocasiões usou nações estrangeiras para corrigir o povo. Ou seja, para Israel, isso era mal. No entanto, quais eram os propósitos divinos com tais subjugações, vindas de povos estranhos?O bem. Era o bem. Pois o mal era uma raiz encravada no coração dos habitantes distantes de Deus. Qual era o mal maior?O pecado que voluntariamente e com o livre arbítrio praticavam?Ou as invasões estrangeiras?Interessante, mal não significa necessariamente algo pecaminoso, há uma distinção. O mal não pecaminoso é relativo. Aos olhos de quem algo pode ser considerado mal?Posso perder o emprego, algo mal, aos meus olhos, no entanto, não pode existir um bem maior por detrás disso. Onde Deus pode me ensinar a ser humilde e mais dependente dele?Creio que Deus não criou o pecado, o verdadeiro mal. No entanto, as circunstâncias que nos envolvem estão ao seu controle! E muitas são conseqüências naturais que se desdobram e re-desdobram!
Qual é referencia que devemos tomar com relação ao questionamento do mal?Deus ou os homens?Se for Deus, então, o que para nós é mal, não é necessariamente mal para Ele!A Bíblia diz que Deus não sofre mudanças, Ele não é um Deus que muda!Um dia, quando Cristo voltar, todo mal será dissipado de nós e viveremos em um estado de perfeição absoluta. Algo sempre pretendido por Deus, sendo assim, o mal, não seria algo necessário.Deus tem multiformes maneiras de mostrar seu amor e bondade!O mal é fruto das escolhas humanas, e não da vontade e intenção de Deus.Deus coordena e soberanamente comanda tudo para o nosso bem. Mesmo que, às vezes não entendemos isso.

24 DE JANEIRO
O MEDO E A VIDA DIÁRIA.
A Bíblia diz que o perfeito amor lança o medo fora, e que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi outorgado. Caminhamos rumo a perfeição, estamos no processo de santificação, de ter o medo dissipado em nossas vidas. Creio que, quanto mais buscamos a santificação e conseqüentemente mais do Espírito, que nos outorga mais amor, menos medo, teremos.Obvio é que nunca deveríamos sentir medo pelas circunstâncias, mas, assim como os discípulos sentiram em algumas vezes medo, mesmo com a presença do mestre, assim, nós podemos ser falhos nisso. O medo provém mais de nós, em tudo Deus pode usá-lo para nosso bem, mesmo que, esse, medo, não seja de sua vontade. Junto com a santificação, esta a cura para os problemas emocionais, o medo pode estar incluso.Como disse, os benefícios da cruz são pra resolver os problemas. Esses podem ser curados instantaneamente, bem como num processo, assim como a santificação é. Não quero afirmar que, quem está com medo esta pecando, não!Estou falando de um processo continuo, o medo, apenas não pode ser constante.No A.T. nós vemos Elias, que sentiu medo, de Jezabel, onde entanto foi uma fase, um período, também não foi produzido pelo pecado. Deus usou esse medo para ensinar lições a esse servo de Deus!

25 DE JANEIRO
TESES, TESES E A ÚNICA TESE.
Que verdade pode haver para aquele que acredita na tese de que tudo que passamos é fruto da casualidade?
Em meio à sociedade moderna e altamente cientifica, os defensores da causalidade contribuem em muito para que a verdade deixe de existir. Para tais, o que importa é o momento, o instante, onde se é forte ou fraco, apto ou inapto diante das situações da vida. Deus, como autor e mediador da verdade, é alguém impróprio nesse contexto. Não é debalde que o marxismo considerava a religião o ópio do povo. Também não é debalde que, a supervalorização da liberdade individual em detrimento dos valores corporativos também tem encaminhado nossa sociedade para um estado de caos e desordem cada vez maiores. Em suma, o capitalismo extremado e tudo aquilo que a ele se incorpora, tem feito os valores morais sumirem cada vez mais. Na verdade, o capitalismo extremado, faz aquilo que o comunismo fez, apenas o método é que é outro. Certamente a dialética hegeliana, também usada por Karl Marx explique isso melhor. Vejamos o que está a nossa volta e numa escala cada vez maior: Corrupção, desordem, caos, orgulho, perversidade sexual, ateísmo, etc. A obtenção de lucros e estados de vida com o intuito de obtenção máxima de prazer, com a utilização da carne e seus meios, não são apenas os almejos das empresas, mas, inclusive de igrejas, arrebatadora de fiéis em escalas sensacionais. Os frutos e a verdadeira vida do Espírito Santo, objetivos finais da pregação e obra de Cristo, foram substituídos pelo evolucionismo cristão, onde Deus é um mero coadjuvante.
O evolucionismo cristão se enfeita nas roupagens das exageradas pregações sobre fé. Onde se evidenciam os homens em detrimento de Deus e da sua soberania. Dificuldades financeiras, curas, adversidades, problemas, não mais resolvidos, mediante Deus e sua vontade e seus propósitos, mas segundo a fé criativa e vontade dos homens.

26 DE JANEIRO
UM ENSINO DISTORCIDO E ATUAL.
O panteísmo é a crença que criador e criatura são os mesmos. Assim, como a criação sofre variações, assim o criador, segundo eles, os panteístas, Deus também sofreria. Para todos cristãos sinceros, o panteísmo como forma de crença deve radicalmente banido da mente e corações. Bem sabemos que, lideres da igreja do passado se embrenharam e perderam no panteísmo. O panteísmo está diretamente ligado a evolução e fortemente ligado ao misticismo. O panteísmo é uma perversão. Panteísmo e verdade são paradoxos. Como pode haver verdade para o panteísta se, para ele, o deus natureza, esta em constante mudança? Sendo que a verdade não muda!
O misticismo entra pelo mesmo caminho, pois, os místicos, em geral, avaliam as experiências religiosas, baseadas em si próprias, as experiências, ao invés de a avaliarem pelo crivo da verdade. A sociedade atual numa onda cada vez mais crescente em rebelião contra Deus tem adotado o panteísmo como forma de crença em vários métodos. Na astrologia, na superstição, na utilização de objetos e cristais mágicos, enfim, numa gama pervertida de métodos. Enfim, em síntese, o ateísmo também é diretamente ligado ao panteísmo. Portanto, devemos reprovar com todas as forças de nossa alma todos artifícios que destronam o poderoso Deus da soberania sobre o universo. Deus é alguém inteligente, pessoal, comunicável. Mais, o panteísmo tem se manifestado nas igrejas, cada vez mais, à medida que ela transforma Deus e seu poder, impessoais. Ou seja, temos visto muitos objetos sendo utilizados de maneira deturpada, como sendo possuidores de poder, seja de cura ou sucesso, como se Deus ou seu poder estivessem neles. Que Deus nos livre do panteísmo e com todas suas maléficas associações disfarçadas. Nunca na história, os homens se depararam tanto com a dura realidade do sumiço da verdade. Cada vez mais ausente, o homem moderno se perde frente aos dilemas da vida moderna. Jesus Cristo, o caminho, a VERDADE, tem sido negligenciado, até ridicularizado pela mídia moderna. Mas, que esse mesmo Jesus, a verdade, o mesmo ontem, hoje e eternamente, através de sua Palavra que jamais passara, possa nos guiar na jornada desta vida. Que Ele sempre nos dê palavras de vida, que faça também cessar com seu poder, as muitas vozes loucas deste mundo embebido de vaidades. Que o Eterno, Poderoso Deus, mantenha confirmando em seu coração, a certeza da vitória, que tudo contribua para o bem daquele que O ama.

27 DE JANEIRO
A GUERRA QUE ESTÁ SENDO VENCIDA!
O conflito de duas cidades.Muitos já ouviram falaram dos conflitos de Atenas e Esparta, dos gregos e troianos. Muito mais que uma lenda ou fato histórico passado, o cristão está envolvido numa batalha diária onde Ele precisa e pode ser vencedor. Porque em Cristo somos mais que vencedores. A cidade de Satanás, o inferno também está e pode crescer no coração, no intimo dos homens. As guerras, o ódio, o endeusamento do ego, prazer obstinado que envolve a sexualidade frenética, a desordem mental e o caos, refletem um pouco do que é o inferno.Os cristãos, com isso, vivendo neste mundo, que é o inimigo deles, vivem num conflito, onde forças adversas tentam prevalecer. Quantos cristãos salvos, habitados pelo Emanuel, não são bombardeados a cada dia, sendo incentivados a viver como cidadãos desta cidade infernal? Quantos pais de família não são, através da mídia, insinuados a adulterar, a roubar, a enganar a esposa e família? Quantos jovens, ao contrario do Jovem José no Egito, não cedem a tentação, sob o pretexto de que antes de casar é preciso experimentar muitas e com muito sexo? Isso sem contar das instituições divinas, como o casamento, nem precisa existir mais para muitos, pois a moda é o “ajuntar”. È esse conflito, esse dilema que os cristãos sinceros vivem neste mundo, onde duas cidades procuram se expandir. Uma utiliza o principio do amor e do Espírito de Cristo, a outra personifica o espírito de Satanás e o que ele é, com toda sorte de ódio e desordem!

28 DE JANEIRO
NÓS EM CRISTO E CRISTO EM NÓS.
Muitos de nós procuramos em mapas, lugares e nomes de cidades onde supostamente desejaríamos estar. Como pessoas que desejam estar em lugares visando a satisfação, o descanso, nos programamos para estar em determinado local, numa determinada cidade.Biblicamente, como cristãos também buscamos a cidade celestial, este mundo não é o local onde ficaremos em definitivo, por isso a Bíblia diz em Hebreus que estamos em busca da cidade, da qual Deus é o arquiteto planejador. Jesus, num de seus ensinos disse que o reino de Deus não é de visível aparência, mas disse que ele está dentro de nós. Por isso Cristo enfatizava, combatendo o legalismo farisaico, de que não é o que entra no homem que o contamina, mas o que sai do coração. Isso nos leva para a compreensão de que o reino de Deus, a Nova Jerusalém, embora seja um evento e uma realidade plena no futuro, ela é construída, cresce e se torna algo real hoje, neste lado da eternidade. Mediante a presença do Espírito Santo que traz a vida dos céus, que jorra em nosso ventre, conforme a Palavra de Jesus a mulher samaritana. Paulo também disse que o reino de Deus não se constituía de comida e bebida, mas de paz e alegria no Espírito Santo.
Por isso, a Nova Jerusalém, ela está desde já dentro de nós, embora no futuro se consumara por completo, onde então seremos edifício de Deus.

29 DE JANEIRO
A METÁFORA DE DEUS!
Um poço de água suja, ao alguém dele tirar água, terá água suja. Uma rua de uma metrópole terá a tendência de ser supermovimentada, ainda a mesma poderá ser um centro de violência e de outras coisas mais. Tanto positivas quanto negativas. A vida nos apresenta este dilema; pessoas, cidades, lugares, outras coisas mais, que tem associados a si próprias características, que demonstram suas qualidades ou defeitos a outros, os contempladores. A Palavra de Deus também tem esse dilema. Por ser a palavra de Deus, ela terá características que concernem ao seu autor, a sua fonte. Se Deus é perfeito, ela é perfeita. Se Deus é justo, ela será justa e apresentar as condições e os meios para se obter e viver com justiça. Se Deus é santo, ela é santa e ensinará aos homens como alcançar tal santidade. Se Deus é eterno, ela acompanha esta sua característica e também é eterna, preparando os cristãos para viver para tal eternidade. Se Deus é amor e esse amor move as decisões de Deus a favor do homem, ela então terá a característica do amor. Dentre outras coisas mais, podemos ter a plena certeza de que ela nunca falha. Que pudéssemos viver com intensidade a Palavra de Deus. Temos todas as garantias, dadas por Deus, para tal viver. Se assim o fizermos, estaremos vivendo na plenitude da presença de Deus, de tudo quanto isso significa. Estaremos vivendo na plena perspectiva de eternidade, de justiça, de perfeição, de santidade, de amor. Que a Palavra de Deus possa ser tudo para nós, possa atuar completamente com as suas características e as de Deus em nós, nos dando uma posição digna e correta como eternos filhos santos, eternos filhos amados, eternos filhos justificados, em breve eternos perfeitos. Vivamos e buscamos isso na Palavra, ela tem tudo que Deus fez e ainda está fazendo, pela eternidade de seus filhos.

30 DE JANEIRO
JUSTIÇA E INJUSTIÇAS!
Dentre as varias dificuldades que o homem moderno tem, uma é a de se sentir como um ser justo. A justiça, para alguns, impossível de ser praticada e vivida neste mundo, é fato que a injustiça tira o equilibro e a harmonia nas funções e organizações sociais. Mas, graças a Deus, o remédio para a injustiça já foi providenciado por Cristo na cruz, através do sangue. Mas porque então ainda a injustiça existe e parece sempre prevalecer. Aparentemente ela prevalece, porque nós próprios como cristãos, com nossos complexos não queremos entender e viver a realidade de que Cristo é a nossa justiça. Não queremos nos desfazer dos nossos conceitos e ao invés de buscarmos o reino e a sua justiça e tudo que isso implica; anulamos a justiça providenciada pela graça, com nossos argumentos, com nossos aparentes e falsos direitos, que inclusive reivindicamos, por nos considerarmos bonzinhos. Que Deus edificasse uma igreja cheia da justiça de Cristo. Assim ela teria autoridade na pregação do Evangelho. Teria uma vida celestial e divina para apresentar como alimento aos famintos. Teria uma perspectiva e uma glória para apresentar. Que nossas vidas fossem desprovidas do eu, da justiça própria e terrena. Que Cristo, nossa justiça, através de seu Espírito Santo, por completo, nos fizesse viver aquilo que Ele viveu. Que tivéssemos as disposições dadas por Ele, para tal. Assim seriamos conhecidos como embaixadores do céu e seriamos mais semelhantes aos primeiros cristãos, da igreja primitiva e aos heróis da fé. Faríamos tudo por Cristo, assim como Ele fez por nós. Isso seria justiça. Buscamos essa justiça! E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.Ef 4.24
Autor: Maciel Fillvoch